Por Fernanda Francoh (Cat Care)
Na hora de escolher o melhor tipo de areia higiênica para o seu gato, é importante levar em conta algumas características que influenciarão diretamente a saúde do seu animal e também a sua, já que você manejará diariamente o local. Este tema é de grande importância, pois é atentando às mínimas coisas do cotidiano que fazemos a diferença em nossas vidas e em tudo que nos rodeia.
1. Substâncias potencialmente tóxicas
Sempre verifique a composição da areia na embalagem do produto, e procure evitar as que contenham substâncias com potencial tóxico:
Bentonita sódica: quando ingerida, gruda nas paredes do intestino, formando uma espécie de “cimento” que nunca sai, podendo com o tempo se tornar um grande problema, deixando o animal vulnerável a doenças do sistema imunológico e digestivo (o mesmo vale também para cães);
Sílica: quando ingerida, gruda nas paredes do intestino, formando uma espécie de “cimento” que nunca sai, podendo com o tempo se tornar um grande problema, deixando o animal vulnerável a doenças do sistema imunológico e digestivo (o mesmo vale também para cães);
Aditivos químicos: evite produtos com aditivos químicos utilizados normalmente prometendo remover o mau cheiro. Os gatos, ao se lamberem, podem ingerir essas substâncias e serem, em graus médios ou graves, intoxicados.
2. Tipos de areia que levantam “poeira”
Alguns tipos de areia como a sílica e outros levantam um pó fino, sempre que o gato faz seu ritual de cobrir as fezes ou após urinar, ou mesmo ao serem manuseados na hora da higienização. Esse pó pode causar sérios problemas respiratórios, tanto aos animais quanto aos humanos. No caso dos humanos, ainda se minimiza o problema com o uso de máscaras protetoras, no entanto, para os animais, o poder ofensivo desse pó não pode ser evitado ou contornado: uma vez inalado com frequência, o mal está feito.
Para evitar os problemas derivados da inalação desse pó, prefira tipos de areia que não contenham substâncias tóxicas e que “levantem” pouco ou quase nada de pó.
3. Facilitando a limpeza: torrões e grau de espalhamento
Prefira tipos de areia que formem torrões, desta forma é possível remover completamente as fezes e principalmente a urina dos gatos, de forma a manter o local limpo e arejado, sem mau cheiro ou moscas e livre de proliferação de fungos e bactérias.
Os derivados de sílica, além de potencialmente tóxicos e com muito pó, são péssimos nesse sentido pois concentram o cheiro da urina e dificultam sua remoção completa. Evite esse tipo de areia sempre que possível.
Além disso, você deve considerar os tipos de areia que não espalham muito pela casa, o que facilitará imensamente a sua vida – e também de sua cat sitter.
4. Sustentabilidade
Há vários tipos de areia sanitária para gatos que não agridem o meio ambiente, compostas de ingredientes naturais, podendo ser descartadas diretamente no vaso sanitário.
5. Custo-benefício
A melhor areia é, primeiramente, a que não prejudica a sua saúde, nem a do seu animal – e que gera, desde a sua fabricação até o seu descarte, o mínimo de impacto ao meio ambiente. Após verificar os fatores citados anteriormente, escolha o tipo de areia que atenda melhor ao gosto do seu gato e que também apresente uma boa durabilidade.
A preferência por uma marca ou outra varia muito para cada tutor. Algumas pessoas preferem areias alternativas e naturais, como é o caso dos granulados de madeira e da farinha de mandioca (a Yoki costuma ter uma boa aceitação entre tutores de gatos que fizeram essa experiência, sendo altamente ecológica e com um bom custo-benefício), entre outros.
Existem muitas marcas disponíveis no mercado pet. Algumas testadas e recomendadas por mim são: Katbom; DBest (de grão mais grosso, embalagem vermelha) e CatsBest. No entanto, não é possível dizer o que melhor funcionará para o seu gato, pois os animais possuem jeitos e gostos singulares. Ao escolher a sua, considere os fatores mencionados e observe a aceitação do seu gato. Você só encontrará a que melhor atende à sua realidade, fazendo experiências.
Boa jornada!
Com informações do livro “The Natural Cat”, de Anitra Frazier
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